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sexta-feira, dezembro 24, 2010

O Presépio Somos Nós

O Presépio somos nós

É dentro de nós que Jesus nasce

Dentro destes gestos que em igual medida

a esperança e a sombra revestem

Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo

Dentro do riso e da hesitação

Dentro do dom e da demora

Dentro do redemoinho e da prece

Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos



O Presépio somos nós

É dentro de nós que Jesus nasce

Dentro de cada idade e estação

Dentro de cada encontro e de cada perda

Dentro do que cresce e do que se derruba

Dentro da pedra e do voo

Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo

Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece



O Presépio somos nós

É dentro de nós que Jesus nasce

Dentro da alegria e da nudez do tempo

Dentro do calor da casa e do relento imprevisto

Dentro do declive e da planura

Dentro da lâmpada e do grito

Dentro da sede e da fonte

Dentro do agora e dentro do eterno


José Tolentino Mendonça

sexta-feira, julho 23, 2010

Cristo não tem mãos


Cristo não tem mãos:
Tem só as nossas mãos
Para fazer o Seu trabalho hoje.

Cristo não tem pés:
Tem só os nossos pés:
Para guiar os Homens nos Seus caminhos.

Cristo não tem lábios:
Tem só os nossos lábios
Para falar aos Homens de hoje.

Cristo não tem meios:
Tem só a nossa ajuda
Para conduzir os Homens para Si.

Nós somos a verdadeira Bíblia
Que as pessoas ainda lêem!
Somos a última mensagem de Deus,
Escrita em obras e palavras.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Poema: "Natal de quem?"

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.

-- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?

- Já vão a caminho!

-Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?

- Não sei, não sei...

Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:

- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?

Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!

Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:

- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?

Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.

E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?

O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar

E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!

Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:

- Foi este o Natal de Jesus?!!!


(João Coelho dos Santos in Lágrima do Mar - 1996)
O meu mais belo poema de Natal



A todos desejo um Santo e Feliz Natal,
mas o verdadeiro Natal,
o Natal de Jesus Cristo! :)

quarta-feira, setembro 02, 2009

Selo Blog Dourado: Ganhei um! :)

Hihi... Receber um pequeno selo pode não ser um grande feito, mas é sinal que alguém achou que o meu blog tem alguma qualidade. :D
Agradeço à Marlene Oliveira, pois foi ela que me deu a honra de receber este presente.

Deixo aqui o link para que possam visitar o blog dela, pois acho que está muito bom.

Vejam aqui o blog da Marlene (na página onde aparece a lista de blogs dourados)!

quarta-feira, agosto 05, 2009

Hinduísmo


É importante sabermos sobre as outras religiões, por isso, começo por colocar o seguinte texto sobre o Hinduísmo:



Introdução ao Hinduísmo

Denominação do conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surgiram na India, a partir de 2000 a.C. O termo é ocidental e é conhecido pelos seguidores como Sanatana Dharma, do sânscrito (língua original da India), que significa "a ordem permanente". Está fundamentado nos quatro livros dos Vedas (conhecimento), um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, no Século X, denominados de Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são divididos em duas partes: a porção do trabalho (rituais politeístas) e a porção do conhecimento (especulações filosóficas), também chamada de Vedanta . A tradição védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que desenvolveram a cultura grega) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta de 1500 a.C.

História do Hinduísmo

Segundo ensina o hinduísmo, os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas. Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais. A posição do homem em determinada casta é definida pelo seu carma (conjunto de suas ações em vidas anteriores). A casta à qual pertence um indivíduo indica o seu status espiritual. O objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. O caminho para o nirvana, segundo ensina o hinduísmo, passa pelo ascetismo (doutrina que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas, pelas orações e pela ioga. Assim a pessoa alcança a “salvação”, escapando dos ciclos da reencarnação.

Prática de Fé do Hinduísmo

Nos cultos védicos, os pedidos mais solicitados aos deuses são vida longa, bens materiais e filhos homens. São várias as divindades. Agni é o pai dos homens, deus do fogo e do lar. Indra rege a guerra. Varuna é o deus supremo, rei do universo, dos deuses e dos homens. Ushas é a deusa da aurora; Surya e Vishnu, regentes do sol; Rudra e Shiva, da tempestade. Animais como a vaca, rato, e serpentes, são adorados por serem possivelmente, a reencarnação de alguns dos familiares. Existe três vezes mais ratos que a população do país, os quais destroem um quarto de toda a colheita da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no qual, milhares de pessoas se banham diariamente, afim de se purificar. Muitas mães afogam seus filhos recém-nascidos, como sacrifício aos deuses.

Sacerdócio do Hinduísmo

Os brâmanes (sacerdotes) criaram o sistema de castas, que se tornou a principal instituição da sociedade indiana. Sem abandonar as divindades registradas nos Vedas, estabeleceram Brahma como o deus principal e o princípio criador. Ele faz parte da Trimurti, a tríade divina completada por Shiva e Vishnu. De acordo com a tradição, Brahma teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais: brâmanes (saídos dos lábios de Brahma), são os sacerdotes considerados puros e privilegiados; os xátrias (originários dos braços de Brahma), são os guerreiros; os vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os lavradores, comerciantes e artesãos; e sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os párias são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem se banharem no Rio Ganges.

As características principais do hinduísmo são o politeísmo, ioga, meditação e a reencarnação. Estima-se que atualmente existam mais de 660 milhões de adeptos em todo o mundo, com um panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas sagradas. Todo gado existente na India, alimentaria sua população por cinco anos, entretanto, a fome é devastadora no país por causa da idolatria.

Teologia do Hinduísmo

Tudo é deus, deus é tudo: o hinduísmo ensina, como no Panteísmo, que o homem está unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao universo, todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal. Muitos deuses adorados pelos hindus são amorais e imorais. O mundo físico é uma ilusão: no mundo tridimensional, designada de maya, o homem e sua personalidade não passa de um sonho. Para se ver livre dos sofrimentos (pagamento daquilo que foi feito na encarnação passada), a pessoa deve ficar livre da ilusão da existência pessoal e física. Através da ioga e meditação transcedental, a pessoa pode transceder este mundo de ilusões e atingir a iluminação, a liberação final. O hinduísmo ensina que a ioga é um processo de oito passos, os quais levam a culminação da pessoa transcender ao universo impessoal, no qual o praticante perde o senso de existência individual. A lei do carma: o bem e o mal que a pessoa faz, determinará como ela virá na próxima reencarnação. A maior esperança de um hinduísta é chegar no estágio de se transformar no inexistente. Vir ser parte deste deus impessoal, do universo.


sábado, agosto 01, 2009

Pe. Hugo Martins (Diocese da Guarda)

Ai o que eu encontrei do Padre Hugo... :)

Aqui fica o que encontrei do meu amigo, a sua Missa Solene em Loriga, Paróquia da Diocese da Guarda, onde está ao serviço do Senhor neste momento.

quarta-feira, julho 29, 2009

Santo dos Teólogos

Que feliz que fiquei ontem!!! :)

Estava a desfolhar um livro sobre Santos, e descobri qual é o Santo dos Teólogos! O Santo dos Teólogos é S. João, Evangelista.
Foi com grande alegria que descobri quem era o Santo dos Teólogos, pois em Teologia, das cadeiras Teológicas que já tive, damos grande importância ao Evangelho de S. João, devido à maturidade e esclarecimento na fé que S. João mostra no seu Evangelho.



Nota histórica:

Filho de Zebedeu, rico pescador de Bethsaida (Mc. 1, 20; Mt. 4, 18--22; Jo. 1, 44), e de Salomé, que mais tarde se viria a consagrar ao serviço de Jesus e dos Apóstolos, foi educado, com o seu irmão Tiago, na seita dos zelotes. Tornado discípulo de João Baptista, por ele seria encaminhado para Jesus, vindo a ser bem depressa, um dos membros mais activos do grupo.
A João confiou Jesus não só o maior número de missões, mas também os Seus mais intímos segredos. A ele confiará igualmente Sua Mãe, que terminará os Seus dias na companhia do «Discípulo amado». Após uma longa vida apostólica, o Apóstolo do amor será exilado para a ilha de Patmos (Apoc. 1), no tempo de Domiciano, sendo o último dos Doze a deixar a terra.
João é o autor de vários Cartas, do Apocalipse e do quarto Evangelho.


Curiosidade: o seu dia é a 27 de Dezembro

domingo, julho 26, 2009

Mini projecto

Olá!

Há já algum tempo que não passava por aqui!
Foi a época de exames, e infelizmente a de recurso (mas parece que esta valeu a pena). Terminou o ano escolar, e agora tenho vontade de colocar alguns pequenos projectos em acção.

Não vou falar aqui do pequeno projecto que quero realizar, pois ainda nem fiz nada para que o possa começar a desenvolver... Mas, para quem quiser, deixo aqui a ligação para o blog que vai acompanhar esse projecto. Não é nada de extraordinário, mas, para os interessados, aqui fica um pequeno projecto relacionado com a arte cristã.

Podem ver aqui o blog: "Arte cristã, um modo de Pastoral"

quinta-feira, maio 28, 2009

Comunidade Israelita de Lisboa

Ontem tive uma oportunidade fabulosa proporcionada por uma Professora do meu curso!
Por sugestão da Professora Luísa Almendra, na aula de Tutoria (que serve para fazer acompanhamento aos alunos e ajudá-los no que for preciso), ontem deslocámo-nos à Sinagoga de Lisboa, ou seja, ao local de culto da Comunidade Judaica de Lisboa.

Neste semestre (2º semestre do 2º ano do Mestrado Integrado em Teologia), temos falado muito do Diálogo Ecuménico, em diversas cadeiras. Aprendemos como funciona o Judaísmo, como é fundamentado, ou seja, tentámos saber o mais possível (o mesmo aconteceu com o: Budismo, Hinduísmo e Islão). Foram momentos de descoberta de pensamentos e crenças que não conhecíamos tão bem, mas que agora despertaram ainda mais para a pesquisa daquilo que é cada uma delas.


Nunca na minha vida pensei que pudesse entrar numa Sinagoga, que pudesse estar em contacto tão directo com algém de outra Religião. Já tinha conversado com pessoas de outras confissões religiosas, mas somente dentro do Cristianismo.
Ontem, ao estar a escutar a nossa guia, também ela Judia, notei que há imensos aspectos religiosos que temos em comum. Só com um contacto tão directo é que se consegue entender claramente que de facto o Cristianismo bebe muito das fontes do Judaísmo.

Não tenho palavras para manifestar o que vivi ontem, apenas sei que gostei muito, e que cada vez mais quero também eu colaborar no Diálogo Ecuménico, porque como se diz: "a falar é que a gente se entende".


Espero brevemente poder escrever algo sobre cada uma das Grandes Religiões do Mundo, pois não posso guardar este conhecimento só para mim, quero que também outros entendam que todos podemos dialogar, ou seja, que não há razões para nos "odiarmos" só porque nem todos cremos em Cristo. Aliás, o próprio Cristo disse: «Amai-vos uns aos outros».


Para conhecer um pouco mais sobre a Comunidade Israelita de Lisboa, clique aqui.

domingo, maio 24, 2009

Ave Maria, de Schubert


Ave Maria Gratia plena
Maria Gratia plena
Maria Gratia plena
Ave, ave dominus
Dominus tecum
Benedicta tu in mulieribus
Et benedictus
Et benedictus fructus ventris
Ventris tui Jesus
Ave Maria
Ave Maria Mater dei
Ora pro nobis pecatoribus
Ora, ora pro nobis
Ora ora pro nobis pecatoribus
Nunc et in hora mortis
In hora mortis nostrae
In hora mortis, mortis nostrae
In hora mortis nostrae
Ave Maria