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terça-feira, março 25, 2008

Gianna Beretta Molla (3)

EXPERIÊNCIA DO NAMORO


As cartas de Joana, que era apresentada como uma jovem calada e reflexiva, manifestavam o seu entusiasmo e a sua alegria por ter descoberto aquela vocação de que, muitas vezes, tinha falado às suas jovens. Dizia numa conferência do dia 21 de Outubro de 1946: «Ser chamados à vida familiar, não significa iniciar a namorar com 14 anos de idade… Tens que te preparar, já agora, à vida familiar. Não se pode enveredar este caminho se não se sabe amar. Amar significa desejo de aperfeiçoar-se a si mesmo, de aperfeiçoar a pessoa amada, superar o egoísmo, dar-se».

Este programa apresentado às jovens não era apenas fruto da sua reflexão. Joana procurava vivê-lo desde a sua adolescência. A preparação tinha começado em família, lá onde os pais lhe tinham transmitido a alegria de viver, o amor à pobreza e à vida singela, a aceitação da vontade de Deus.

Ao ingressar na Acção Católica, assimilou o espírito de colaboração com a hierarquia e, sobretudo, convenceu-se da possibilidade que o laicado tem, de oferecer um contributo específico, uma presença e um testemunho particular, no mundo, que muitas vezes é impossibilitada ao sacerdote.


Nos meados dos anos cinquenta, o percurso de Joana estava ultimado. Dela escreveu Pedro: «Foi um período maravilhoso, Joana e eu andávamos exuberantes de alegria. Há algumas fotografias onde a plenitude de alegria de Joana aparece, posso dizer, gravada. Como, por exemplo, a foto tirada no verão de 1955 na neve do Lívrio em Bórmio. Era uma alegria sentida, pura, autêntica».

O amor de Joana e de Pedro mostra como o matrimónio cristão nunca exclui a paixão e o enamoramento, a atracção e a vontade de doação total, mas a fidelidade do dom recíproco é abertura para a transcendência, testemunhada pela «boa nova de que Deus nos ama de um amor infinito e irrevocável, que os esposos participam desse amor, que Ele os conduz e sustenta».


Joana amava muito, também, a natureza e o desporto, e procurava transmitir esta paixão a Pedro. Assim escrevia no dia 23 de Março: «Depois do pequeno-almoço, partimos logo com os nossos esquis e… logo para baixo nas pistas. Costumo, por volta das 11h, ter algumas aulas de esqui e… modestamente, aprendi a enfrentar descidas difíceis… Contudo, é maravilhoso! Quando estamos no alto, com um céu limpo, a neve branquíssima, é grande o gozo e o sentimento de louvor a Deus. Pedro, tu sabes bem, como me sinto feliz, pelo contacto com a natureza tão bela, ao ponto que ficaria horas a fio em contemplação».

Nesta óptica, o namorado é companheiro de viagem, aquele que recolhe toda a confiança. Escrevia Joana ao seu namorado: «Pedro, pudesse ser para ti, a mulher forte da Sagrada Escritura. Mas, na verdade, sinto-me frágil. Terei que me apoiar ao teu forte braço. Sinto-me tão segura ao teu lado!». A conclusão do percurso do noivado, o conceito que diz mais quem foi Joana, é o da harmonia, que significa acordo entre o mundo do corpo e o do espírito, entre o mundo do homem e o de Deus.

«Lettera di Gianna a Pietro»

4 settembre 1955

sabato sera


Carissimo Pietro,

ti aspettavo e già ero in pensiero temendo ti fosse accaduto qualcosa, ma la tua telefonata mi ha tranquillizzata.

Pietro mio, tu sai che gioia è per me vederti e poter stare in tua compagnia e quando motivi più che giusti alle volte non lo permettono, anche se la ragione dice «è giusto, è opportuno fare così», il cuore… protesta e così, questa sera, per far passare il così detto magone, ti scrivo.

Pietro carissimo, vorrei tu mi sentissi tanto vicina in questi giorni, perché non puoi immaginare quello che provo nel saperti in viaggio e così lontano. Dirai che esagero, ma è proprio così. Sei il mio Pietro, mi sento ormai un’anima e un cuore solo con te.

Sei buono, caro, mi vuoi tanto bene e anch'io te ne voglio tanto tanto, le tue gioie sono anche le mie e così pure tutto ciò che ti preoccupa e addolora, preoccupa e addolora anche me.

Quando penso al nostro grande amore reciproco, non faccio che ringraziare il Signore. È proprio vero che l'Amore è il sentimento più bello che il Signore ha posto nell'animo degli uomini. E noi ci vorremo sempre bene, come ora, Pietro. Mancano solo venti giorni e poi sono... Gianna Molla! Che diresti se, per prepararci spiritualmente a ricevere questo sacramento, facessimo un triduo? Nei giorni 21, 22 e 23 S. Messa e S. Comunione, tu a Ponte Nuovo, io nel santuario dell' Assunta. La Madona unirà le nostre preghiere, desideri e, poiche l’unione fa la forza , Gesù non può non ascoltarci e aiutarci.

Sono certa che dirai di sì e ti ringrazio.

Se ti fa piacere pensa che il prossimo viaggio ti sono proprio vicina e ti dirò a voce tante e tante volte, fino a stancarti, che sei tutta la mia vita.

Grazie mille, Pietro, per la magnifica casetta che mi hai preparato. Più bella di così non potevo desiderarla. Ora tocca a me ricompensarti col renderla sempre dolce ed accogliente.

Buon viaggio, Pietro carissimo e non... perdere il treno domenica prossima!

Bacioni grossi grossi, tua

Gianna

«Intervento di Pietro Molla»

Lei parla spesso di lettere di sua moglie. Ci può dire qualcosa di più?

Certamente. Una delle «reliquie» più toccanti che conservo di mia moglie sono appunto le lettere del periodo di fidanzamento. Ne conservo altre del periodo del matrimonio, che parlano spesso, però, dei figli e della vita matrimoniale. Invece le lettere in cui Gianna ha espresso il suo concetto del matrimonio, la visione che lei aveva della preparazione al matrimonio, il modo in cui lei si preparò al sacramento dell'amore, la gioia che lei provava di fronte a questo evento e alla vita tutta, sono quelle del fidanzamento. Ma il discorso si amplia. Da queste lettere risulta anche la sua gioia per la bellezza e l'incanto del creato cui corrispondeva, da parte sua, un atteggiamento di gratitudine e di ringraziamento al Creatore. Ella esortava anche me a questi sentimenti. Mi scriveva: «Pietro, potessi essere per te la donna forte del Vangelo! Invece mi trovo e mi sento debole... Ho tanta fiducia nel Signore e sono certa che Lui mi aiuterà ad esser la tua degna sposa».

I motivi ricorrenti erano la fiducia nel Signore e l'invito alla preghiera.

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