2.5. “Fui eu que vos escolhi” (Jo 15, 16): A vocação como eleição de amor
Há ainda uma palavra muito bela de Jesus, em que Ele desvela o segredo e o sentido mais profundo e último da vocação cristã: “não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos constituí para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça”. Esta frase é pronunciada num contexto em que Jesus como que entoa uma cantata ao Amor infinito do Pai dado a conhecer e partilhado pelos discípulos. E assim coloca o chamamento dos discípulos no coração do mistério, isto é, no desígnio do Amor eterno de Deus, que nos precede e acompanha, ao qual eles respondem pela aceitação da fé. Sem negar a opção pessoal dos discípulos, sublinha o primado da iniciativa de Cristo, reconhecido como Senhor da nossa vida. Na origem da vocação cristã está a iniciativa da Sua graça, do Seu amor, da Sua misericórdia, da Sua atracção. Há um Amor que está antes da nossa resposta. A vocação aparece então como um dom, uma eleição de Amor.
Esta eleição não é só para eles, mas para a missão: “para que deis fruto”, através da irradiação da fé e do amor para que os homens tenham a vida eterna. Através da comunidade dos discípulos, o Filho de Deus continuará a revelar-Se e a comunicar-Se ao longo da história. A nossa vocação tem como horizonte o mundo inteiro. O chamamento do Senhor é pessoal e apostólico.
Esta eleição não é só para eles, mas para a missão: “para que deis fruto”, através da irradiação da fé e do amor para que os homens tenham a vida eterna. Através da comunidade dos discípulos, o Filho de Deus continuará a revelar-Se e a comunicar-Se ao longo da história. A nossa vocação tem como horizonte o mundo inteiro. O chamamento do Senhor é pessoal e apostólico.